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31.5.10

Profissão maquiadora

Hoje, respondendo a um e-mail sobre a profissão de maquiadora, me dei conta de que esse assunto pode interessar a mais pessoas. Então, resolvi publicar a resposta aqui no blog mesmo!

Olá, Juliana! Você não é a primeira pessoa que me faz essas perguntas sobre o mercado de maquiagem com o desejo de mudar totalmente de profissão. Acho que hoje em dia as pessoas tem buscado no trabalho muito mais do que só um bom salário, elas querem se sentir bem com o que fazem.
Ser maquiadora me faz muito bem, pois trabalho com uma equipe maravilhosa na Santa Fashion e acabo conhecendo gente muito bacana fora da produtora também. A minha maior satisfação é ver a alegria das pessoas que maquio ou pra quem maquio, sentir que elas gostaram mesmo do que fiz e ver o resultado na fotografia, filmagem, etc.
Nunca fiz um curso de maquiagem e quando pensei em fazer, não encontrei um que fosse significativo aqui em Santa Maria. Como você, tudo o que aprendi no começo foi através da internet, tv, revistas, livros, etc. E com a prática (em mim mesma, amigas, primas, tias, mãe...) também aprendi muitas coisas. Mas um curso é importante, te dá segurança e sempre há o que aprender. Um bom curso pode encurtar caminhos, mas tem gente que nunca sai do lugar. Depende do seu empenho!
Na verdade minha formação é como artista plástica e professora de artes. Acho que isso me deu uma base boa, pois uso o que aprendi nas aulas de desenho da figura humana, nos exercícios de cor, na pratica de pintura, etc.
O mercado de trabalho para maquiadores é bastante amplo, dependendo de onde você mora. Quanto maior a cidade, mais possibilidades. Pessoalmente, prefiro trabalhar com produção pra ensaios fotográficos, publicitários, cinema e espetáculos, mas também poderia trabalhar num salão de beleza, num centro de formação e até em funerárias (acredite). Depende do que você gosta de fazer, das oportunidades que aparecem e do que você faz com elas. Pra agregar qualidade a essa profissão, é interessante mexer com cabelo também, pois geralmente te pedem pra fazer um penteado, uma escova, etc. Enfim, é mais um serviço a ser oferecido e que complementa a maquiagem.
Ainda estou construindo minha carreira, pois só depois de formada pude me dedicar totalmente à maquiagem. E o que você ganha depende muito dos trabalhos que faz, como faz, do quanto trabalha e do quanto cobra. Aliás, essa parte de cobrar é muito difícil. No começo (e até hoje acontece à vezes) eu tinha medo de botar preço nas minhas maquiagens, sempre achava que as pessoas achariam caro e às vezes me sentia mal por diminuir meu trabalho. Hoje tenho mais consciência da qualidade do que faço, do quanto me custa e do quanto preciso ganhar, aí fica mais fácil. Cheguei a fazer mil tabelinhas de serviços e preços e fui ajustando conforme cada trabalho.
Acho que para se dar bem nessa área você precisa primar pelo acabamento e oferecer algo diferente. Isso significa não ter medo de experimentar, estar sempre pesquisando e, principalmente, reconhecer que não dá pra fazer a mesma maquiagem em qualquer tipo de rosto. Cada pessoa tem seus traços particulares, sua personalidade. Sem contar na diferença entre crianças, jovens, adultos e idosos, homens e mulheres, modelos e pessoas comuns. Portanto, maquiar é como criar sobre um desenho que já existe, utilizando da melhor forma as características que a pessoa te oferece.

Espero que este post tenha sido proveitoso pra Juliana e pra mais alguma aspirante a maquiadora. Se você gosta de verdade daquilo que faz, vai trabalhar com prazer, vai pesquisar e crescer na profissão!
Se alguém tiver dúvidas, críticas ou sugestões é só comentar!

Beijos e uma ótima semana!!!!

Um comentário:

  1. Barbara, adorei seu depoimento estou no início da profissão (um pouco tarde), mas concordo com tudo que voce disse, com muita garra quero grecer cada vez mais.(não postei antes porque não conhecia seu blog, estou adorando).
    Um abraço

    Marta Rezende

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